26 de novembro de 2014
Soneto a Melancolia
Onde foram os meus amores,
nessa noite fria de outono
onde meu enfermo coração
Se enche de mágoas e dores?
Sagrado choro dos apaixonados
pela cicatriz que ainda sangra
gotas de sangue velam a esperança
do meu feliz calvário.
A quem dedico minhas lágrimas,
se não a própria sorte!?
Ouço o sorriso sagrado dos anjos
Estancando meus profundos cortes.
E nos murmúrios do meu pranto
minha alma se esvazia
E o que seria de mim,
se não fosse tu melancolia!?
Diego Ferreira
19 de novembro de 2014
Cachaça
Sentado na mesa de um bar
embriago-me nas minhas lembranças
mergulhando nas doses de cachaça.
Cacos duma garrafa quebrada
são laminas ali ofertadas
O frio anuncia a madrugada
A ela devo meu sono, profundo...
Que não me veja despedaçado,
me deixa arrumar os cacos
ainda que estejam afiados.
E que o sangue ali derramado
Estanque com o vento que passa
pois não há ressaca
que lhe arranque o passado.
Diego Ferreira
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