5 de janeiro de 2015

Banquete


Afogado no fogo do seu beijo,
sou pecado, seu escravo, seu querer.
Sou recorte da morte
separado por pedaços seus.

No desprazer da sua partida
lágrimas não seriam desperdiçadas
e ainda que o sofrimento se cale,
serei o mesmo quando amanhecer.

Sou familiarizado com a dor
não há sentimento numa rocha
contudo a ilusão pode ferir.

Sirva-se neste banquete inóspito
que preparei para te ver sorrir
e me deitei para te ver partir.

                        Diego Ferreira