26 de dezembro de 2011

Chocolate

Te mandaria flores,

chocolate meio-amargo,

doce cheiro teu.

Choraria só,

triste aroma da saudade.

Permito-me lembrar

bordas de felicidade.

Um bilhete talvez,

sem palavras

apenas lágrimas...

3 de dezembro de 2011

Viola

Cabelo molhado,
teu corpo suado,
menina bonita,
vestido azul.

Viola sem corda,
canção afinada,
seu cheiro é brasa,
teu corpo nú.

Entre estrofes e versos
Teu beijo é cego,
me perco sozinho,
sem prazer algum.

As notas tocadas,
são trechos feridos,
te trazem prá perto,
a lugar  nenhum.

                     Diego Ferreira

18 de novembro de 2011

Sem Saber

Me mande flores
sem saber prá quem,
já vou mimbora
sem ter um porém.

Me cave a cova
sem saber de quem,
funda e torta
como um certo alguém.

Me põe na caixa
sem saber porém,
aperta à tampa
para abrir ninguém.

Me diga adeus
sem saber alguém,
choro contido
vou viver além.

                    Diego Ferreira

4 de novembro de 2011

Vamos Brindar...

Vamos sangrar,
saciar nossa sede.
enlouquecer, gritar,
sonhar e padecer.

Chorar nossos sonhos,
criar o nosso mundo.
transformar as alegrias,
num doce desengano.

Solidão me agrada
são versos perdidos,
emoções disfarçadas,
lágrimas de fantasia.

Façamos um brinde
aos versos dos versos,
ao errado, ao certo,
ao dom de viver.

           
                             Diego Ferreira

31 de outubro de 2011

Não Saberia...

Para quem amor?
Não aprendi a amar,
tenho medo da dor,
me pego a procurar.


Para quem sofrer?
Não aprendi a amar,
tenho medo do amor,
ponho-me a lamentar.


Para quem lembranças?
Não aprendi a amar.
Doces lágrimas de tristeza,
meu sorriso a se quebrar.


                                Diego Ferreira

3 de outubro de 2011

Recriando-me

Aprendi a viver
ser diferente de mim
apredi a sonhar
com oque nunca vivi.

Desvendei teus segredos
guardados a sete chaves.
Escondi os meus,
para não saberes a verdade.

Recriei você nos meus pensamentos,
para te ter do meu jeito a cada momento.

Esqueci de mim,
só penso em você.

                             Diego Ferreira

*Poesia escrita em 18/04/2003.

30 de setembro de 2011

Canção

Marcas do passado,
nos versos da canção.
Notas de tristeza
expressam alegria.

Passáros que voam
na direção do infinito.
Estradas que flutuam
no meio do nada.

Profundo como os oceanos,
devastador como furacões.
Assim são os segredos
nas notas das canções.

                     Diego Ferreira

23 de setembro de 2011

Bilhete

Folhas em branco,
rabisco teu nome
em vermelho-céu.

Olhos castanhos,
teus cachos estranhos
sob o meu chapéu.

Rara beleza,
Faz de ti princesa,
noiva sem véu.

Sonho em pedaços,
bilhete rasgado,
final do escarcéu.

                 Diego Ferreira

8 de setembro de 2011

A meia-luz.

Roupas ao chão,
chão quebrado,
do meu quarto .

A meia-luz
nós semi-nus,
cheiro do pecado.

Perfume teu
no corpo meu,
desejos aflorados.

Os olhos teus
nos olhos meus,
olhares apaixonados.

                        Diego Ferreira

30 de agosto de 2011

De onde venho...

Me chamo Fantasia,
de onde vem a primavera
de flores negras,
cinzas e amarelas.
 
Me chamo Poesia,
do encanto das palavras
de frases simples,
romanticas e ordinárias.

Me chamo Melodia,
do brilho das canções
de sorrisos,
lágrimas de emoções.

Me chamo Nostalgia,
de onde vem a saudade
de momentos,
sentimentos, liberdade.

                                    Diego Ferreira

9 de agosto de 2011

Quando a chuva vem...

Na chuva forte,
estrelas dormem
meu bem-querer.

Cheiro de morte
nuvens que cobrem
eu e você.

Lágrimas doem
noite se vai
tento esquecer.

Renasce o dia
sem alegrias,
perdi você.

                       Diego Ferreira

8 de agosto de 2011

Passagens

Vento que sopra
 leva o tempo.
Mar traz devolta
outros tempos.

Quem é aquela?
Sopra o vento
os teus cabelos
novos tempos.

Tempo que passa
passa o tempo
Mar traz devolta
novos ventos.

Quem é aquela?
Voa o tempo
fecha a janela
velhos ventos.

                   Diego Ferreira

28 de julho de 2011

Sedução

Era o teu olhar...
me incomodava,
me fazia sonhar.

Era o teu cheiro,
me entorpecia,
me matava de desejo.

Era o teu corpo...
me seduzia,
me deixava louco.

Era você...
me fez apaixonar,
me fez te querer.

                  Diego Ferreira

25 de julho de 2011

Marcas


Já era tarde,
chegou você,
chegou saudade.

Bateu a porta,
brilhante e torta,
fina porta.

Falei do tempo,
friei no vento,
passou o tempo.

Sorriso amargo,
flor que brota,
lembrei saudade,
flor morta.

                              Diego Ferreira

19 de julho de 2011

Cordel

Serei sincero contigo,
meu coração é meio bandido,
se apega não...
vive de paixão!

Medo de ser machucado,
medo de ser maltratado,
fica assim...
o tempo todo apertado.

E vejo tu...
Icógnita em minha vida,
vida essa ferida,
Sem chegada, sem despedida.

                              Diego Ferreira

12 de junho de 2011

Rabiscos e Pensamentos


Inspiração vem ao vento
não é coisa de momento,
não é coisa do querer.

É como as ondas lá no mar,
como pássaros a cantar,
como o dia amanhecer.

São como estrelas no céu,
desenhadas ao papel,
como o tempo a se perder.

                                  Diego Ferreira

1 de junho de 2011

Clíu

Fechei os olhos.
Foi meio sem querer.
Lembrei teus olhos,
sorriso, lembrei de você.

Careço de ti.
Desvendar teus desejos,
desdenhar teus defeitos,
sublimar meus preceitos.

Faz de mim só teu,
farei de ti só minha.
Vazio será meu mundo,
sem a tua companhia.

                      Diego Ferreira

24 de maio de 2011

Elizabeth*

Ao fim da tua luz,
surge uma estrela.
Linda e brilhante,
como fora em carreira.

Interpreta entre os astros,
encanta ao teu criador
que com tão nobre dom
lhe escolheu e abençoou.

Invisível aos olhos mortais,
brilho eterno é o que terás
como anjo, como deusa, como estrela.

                                       Diego Ferreira
*Esta poesia é uma homenagem a Elizabeth Taylor.

20 de abril de 2011

Despedida

Das palavras de amor,
as dádivas da vida.
No fechar d'uma flor,
lágrimas d'uma despedida.

                          Diego Ferreira

23 de março de 2011

Inerte



Amei sem perceber,
meu coração chorou.
Num silêncio amargurado,
sem sentir que acabou.

Escrevi lágrimas ao papel,
afogado num pranto inerte.
Era mesmo amor...

Reconheci minha dor,
em versos desesperados.
Era mesmo amor,
Outrora, eu, apaixonado.

                                  Diego Ferreira

14 de fevereiro de 2011

O que Ficou...

Devolve meus sonhos,
desejos, anseios.
Devolve meu mundo,
triste, inseguro.

Sou dependente de ti.
-teu jeito, teu jeito!
Sou escravo de mim.
-meu jeito, meu jeito!

Preciso te esquecer,
perdoar, entender.
Preciso acordar,
respirar, viver.

                                   Diego Ferreira

7 de janeiro de 2011

Devaneio


Mulher é bicho besta
fala tudo que pensa.
Expõe o que sente,
pois o tempo é traçoeiro.

O que devo fazer?
Perergunta-me!
-Não sou eu quem digo,
sim,teu prórpio coração.

Adorou minhas palavras,
lembrou-se do passado,
chorou pelo "Sopro",
calou-se por um todo.

Outras memorias de amor,
um pedaçinho do que ficou.
Devaneio de quem chorou,
por mais uma partida sem dor.

                                                               Diego Ferreira