20 de dezembro de 2012

Melhor Assim


Pensei em te ligar.
Jogar conversa fora,
falar de nós dois.

Talvez te encontrar,
beber um bom vinho,
sorrir, cantar, dançar,
sem pensar no depois.

Sinto por nós,
pior se não assim,
Mas...

Não aprendi a amar,
simplesmente desisti
não mais tentar, decidi.

                            Luiggi Gabriel




12 de dezembro de 2012

Sem Mais



Não há retratos,
cartas não lidas,
momentos de outrora.

Quisera partir
sem lembranças,
no ápice da dor,
partiu sem mim.

Notas falsas talvez,
sem mais palavras,
apenas o meu pranto,

Triste demais,
tudo foi dito, enfim.
Não há desculpas
ou inverdades, além.

                 Luiggi Gabriel

17 de setembro de 2012

Ainda que quisera.



Covarde meu eu.
Teme ao tempo,
diverte-se sozinho
tremulo e disperso.

Maldita inquietude,
fervilha meu querer
antes esquecido,
torturado, magoado.

Provo da angústia,
da entediante estupidez,
pelos tempos mortos
ainda assim, virtuosos.


Padeço ao vento,
triste sem sofrer.
Queimo em lágrimas,
desventura do querer.


                              Luiggi Gabriel


14 de junho de 2012

Assim Somos Felizes


Sempre tarde te encontro,
horas a fio conversamos,
falamos da vida, do amor,
falamos de nós dois.

Amores perdidos tivemos
e mesmo que não,
já não importa o que passou.

Românticos, sim!
Assim nos mostramos,
assim nos entendemos,
assim somos felizes.

Nos sonhos já te encontrei,
nos sonhos já te beijei.
Breve estará nos meus braços,
e daqui, não sairá jamais.

                   Diego Ferreira

11 de junho de 2012

Você


Sorri sem disfarçar,
sensação diferente
medo, insegurança,
coisas da gente.

Procurava teus olhos,
pensamentos a mil,
inseguro talvez,
insensato vazio.

Ouvia sua voz,
era quase canção,
me senti  tão vivo,
perdido, sem direção.

Teu beijo apaixonante
nunca vou esquecer.
Teu jeito insinuante,
que me faz te querer.

                    Diego Ferreira

O que eu sei?


Não sei me despedir,
dizer adeus,
pedir prá ficar.

Não sei do amanhã,
do que se foi,
do que virá.

Não sei chorar,
falar de amor,
não sei suspirar.

Não sei sorrir,
viver sozinho,
nem esperar.

Não sei saber,
onde errei,
como acertar.

O que eu sei ?

                        Diego Ferreira

5 de junho de 2012

Passe de Mágica


 Já era dia. Os raios de sol invadiam o quarto tocando seu corpo e despertando seus olhos cor de mel. Logo acordaria e iria embora. me angustiava a certeza de que a chuva começaria assim que você se fosse.
 O quarto vazio, exalava o doce aroma do seu cheiro entorpecente, perfume francês, você diria, presente da sua tia, comprado em uma das viagens a "cidade da luz". Lembrava disso sempre que me pegava sozinho esperando pela sua volta. A hora demorava a passar, tomava um banho, ligava o rádio e percorria quilômetros dentro da minha imaginação esbarrando em sentimentos, tocando a minha alma, não precisava pensar, bastava fechar os olhos e mergulhar no infinito dos meus pensamentos para ir ao seu encontro, um ato desesperado, diga-se de passagem, mas eficiente sem a sua presença.
 Ouvia passos na escada e de repente a porta se abria, e como num passe de mágica, o seu sorriso fazia com que eu não pensasse em mais nada que não fosse você. E logo se faria perfeito esse nosso encontro de todos os dias, assim que beijasse os seus lábios carnudos e saciasse essa sede incessante que sinto do beijo teu.

                                                                                                Diego Ferreira

28 de maio de 2012

O que se foi?


Por que chorar?
Se os olhos secam
depois de inundados
em tristes recordações.

Para que sofrer?
Se o coração não chora,
por mais forte
que a dor machuque.

Por quem chorar?
As palavras confortam,
nos supre a falta
do que se foi.

Para quem sofrer?
Estamos vivos, afinal,
cantamos, sorrimos,
somos nós mesmos.

                     Diego Ferreira

14 de maio de 2012

Noite Vazia


Tempo que passa,
luz que se apaga,
já é tarde agora,
quero repousar.

Paredes sujas,
quarto escuro,
sinto teu perfume
solto pelo ar.

Vento frio,
noite vazia,
recordo o dia
que me fez sonhar.

 Falsas memórias,
imagem embassada,
logo amanhece
e  vou despertar.

                     Diego Ferreira

8 de maio de 2012

Sutil Querer



Não é uma idéia,
é um sutil querer
sem caprichos,
ou cores absurdas.

É a carne que sangra,
é o calor de um beijo,
o simples desejo
de  te amar.

Não é só libido,
paixão desenfreada.
Inigualável, diria,
o sentimento que nasce.

Ao fim de tudo,
não são apenas versos,
é o que espero,
o que sinto por você.

                        Diego Ferreira

11 de abril de 2012

La Hermana

A flor que brota,
o retrato para laia,
assim será!

Nesta casa pré-fabricada,
cadê teu suin?
Sentimental e racional.

Deixa estar,
só mais uma canção,
finge na hora de rir.

Veja bem meu bem,
tô tão sozinho...
depois do adeus a você.

Todo carnaval tem seu fim
e ainda assim, serei prá você,
o último romântico.

                      Diego Ferreira 

5 de março de 2012

Respostas

Não me pede prá esquecer,
desistir do que sonhei,
do que me fez gostar de você.

Meus olhos inundaram,
esvaíram-se em deserto,
por palavras não ditas,
por momentos não vividos.

Que tal o outro lado do mundo?
Pode ser mais fácil não tentar,
ou parecer a melhor opção.

Sem respostas ou conclusões,
ainda penso em ti,
no que podemos ainda dizer,
no que ainda podemos viver.


                  Diego Ferreira

25 de fevereiro de 2012

Outrora

Quero respirar palavras de outrora,
 fumar o vício nos teus beijos,
 sentar e ver a hora passar,
 nímio tempo de tão fugaz.

Quero mergulhar num vazio,
 encontrar teus olhos frios,
 esperar pela noite silenciosa,
 tristes noites em nostalgia.

Quero entregar-me ao esmo,
 murmurar pelo teu nome estranho,
 postergar as tristezas em mim,
 atônitas tempestades tranqüilas.

Quero descansar ao sepulcro,
 perfumar teus seios inversos,
 quadricular meu leito eterno,
 entre flores , choros e canções.

                    Diego Ferreira 

16 de janeiro de 2012

Quando Minha

Fascina-me a beleza do luar
lembra-me a luz dos olhos teus
Me espera que já vou te encontrar
nos meus braços teu sorriso é só meu.

Chega perto eu preciso te abraçar
sem  demora, hoje é você e eu.
Nas estrelas teu perfume a passear
Me enlouquece o sabor do beijo teu.

Tão sincero o teu jeito de me olhar
Doces palvras à falar no ouvido teu
sem querer, te percebo suspirar,
vem sem medo meu coração é só teu.

Prometo que não vou te abandonar
Só sei que meu coração te escolheu.
Entre as nuvens eu me pego a flutuar
Leves toques neste corpo que é só meu.


                                         Diego Ferreira

9 de janeiro de 2012

Pedaços do Tempo

A noite caia em versos
canções de outrora,
desnudos versos,
cantados noite afora.

Pedaços do tempo
janela adentro,
murmurios ao vento,
eternos lamentos.

Livros e romances
histórias distantes.
Lágrimas de sangue
tristes vozes entoantes.

Derrotas e vitórias
marcas e momentos,
escritos no passado
pedaços do tempo.

                             Diego Ferreira