5 de junho de 2012

Passe de Mágica


 Já era dia. Os raios de sol invadiam o quarto tocando seu corpo e despertando seus olhos cor de mel. Logo acordaria e iria embora. me angustiava a certeza de que a chuva começaria assim que você se fosse.
 O quarto vazio, exalava o doce aroma do seu cheiro entorpecente, perfume francês, você diria, presente da sua tia, comprado em uma das viagens a "cidade da luz". Lembrava disso sempre que me pegava sozinho esperando pela sua volta. A hora demorava a passar, tomava um banho, ligava o rádio e percorria quilômetros dentro da minha imaginação esbarrando em sentimentos, tocando a minha alma, não precisava pensar, bastava fechar os olhos e mergulhar no infinito dos meus pensamentos para ir ao seu encontro, um ato desesperado, diga-se de passagem, mas eficiente sem a sua presença.
 Ouvia passos na escada e de repente a porta se abria, e como num passe de mágica, o seu sorriso fazia com que eu não pensasse em mais nada que não fosse você. E logo se faria perfeito esse nosso encontro de todos os dias, assim que beijasse os seus lábios carnudos e saciasse essa sede incessante que sinto do beijo teu.

                                                                                                Diego Ferreira

2 comentários:

Fã Clube Rogério Duarte disse...

Sucesso meu Parceiro

Anônimo disse...

Parabéns pelos escritos , naõ sabia que era poeta e que escrevia tão bem! Go ahead!Prof Gina Teixeira